11 de agosto de 2015

História do Cinema - George Meliès

 França, 1895, um dupla de irmãos, filhos do fotógrafo Sr. Antonie Lumière, realizam alguns estudos acerca do processo fotográfico, na fábrica de seu pai, a pesquisa foi tão bem sucedida que os irmãos, Louis e Auguste Lumière inventam um aparelho chamado cinematógrafo -um ancestral da filmadora- o aparelho é movido a manivela e utiliza negativos perfurados que são pegos por uma luz oposta projetando assim imagens em movimento ao público. O primeiro pequeno filme dos Lumière é intitulado "Sortie de L’usine Lumière à Lyon” (Empregados deixando a Fábrica Lumière) com duração de 45 segundos.


Cinematógrafo - 1895

O primeiro filme propriamente dito foi feito pelo ilusionista francês George Meliès, que viu a invenção dos Lumière e teve a ideia de incorporar essa nova arte aos seus truques de mágica em seu Teatro-Houdin - homenagem ao grande ilusionista francês. 
George Meliès

 Certo dia, por acidente, o mágico descobriu a técnica de cortes de película quando filmava um ônibus e em determinado momento a acaba-se o filme, ao repor o filme e continuar a cena um carro fúnebre aparece no lugar do ônibus e Meliès continua gravando, ao assistir o filme Meliès percebe que o ônibus se transformara em carro.
 Em 1902 Meliès cria seu primeiro filme "Viagem a Lua" com duração de aproximadamente 14 minutos.




 Meliès antes de Viagem a Lua fez alguns outros filmes, até mesmo para testar o novo efeito que conseguiu dar aos seus filmes. Ao todo o mágico criou cerca de 500 filmes ao longo de sua vida. Entre eles, Le Papillon (A Borboleta), filme que conta com a ajuda de sua mulher, segue o vídeo no link.


 Porém, tempos depois, com a 1ª Guerra Mundial em 1914, as produções e truques de Meliés não eram tão vistas em decorrência de todo o cenário francês do período. Meliés então agora é um gênio falido que se vê indo ao fracasso em poucos anos, seu teatro fecha e para não se ver ao pé da miséria, vende seus filmes para fábricas de celulóide para serem transformadas em solas para coturnos de soldados. Até mesmo algumas vezes, revoltado com sua situação financeira e de ter criado algo fora do seu tempo, o próprio Meliés queimava seus filmes.


Méliès morreu em 1938. Falido, sem sucesso, sem mágica. A sua história é contada no livro A Invenção de Hugo Cabret, de Brian Selznick, que deu origem ao filme de mesmo nome, dirigido por Martin Scorcese em 2011.

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